quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Mundo gay

MEDALHA DE OURO-Relatório indica que um LGBT é morto a cada 18 horas no Brasil, o país mais homofóbico do mundo



Grupo Gay da Bahia (GGB) divulga mais um Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais no Brasil (LGBT), agora relativo ao ano de 2013. Foram documentados 312 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil, incluindo uma transexual brasileira morta no Reino Unido e um gay morto na Espanha. Um assassinato a cada 28 horas!

Um pequeno decréscimo (-7,7%) em relação ao ano passado (338 mortes), mas um aumento de 14,7% desde a posse da presidente Dilma.  O Brasil continua sendo o campeão mundial de crimes homo-transfóbicos: segundo agências internacionais, 40% dos assassinatos de transexuais e travestis no ano passado foram cometidos no Brasil.

Pernambuco e São Paulo são os Estados onde mais LGBT foram assassinados e Roraima e Mato Grosso são os Estados mais perigosos para esse segmento. Manaus e Cuiabá foram as capitais onde se registraram mais crimes homofóbicos, sendo o Nordeste a região mais violenta, com 43% de “homocídios”.

Os Estados menos violentos foram o Acre, sem notificação de mortes de homossexuais nos últimos três anos, seguido do Amapá e do Espírito Santo, respectivamente com 1 e 2 ocorrências. 2014 começa ainda mais sangrento: só em janeiro foram assassinados 42 LGBT, um a cada 18 horas.

Como nos anos anteriores, o Nordeste confirma ser a região mais homofóbica do Brasil, pois abrigando 28% da população brasileira, aí se concentraram 43% das mortes, seguido de 35% no Sudeste e Sul, 21% no Norte e Centro Oeste. Embora Manaus (2 milhões de habitantes) tenha sido a capital onde foi registrado o maior número de crimes homofóbicos (12), número altíssimo se comparado com os 5 de  São Paulo capital (12 milhões de habitantes), em termos relativos, Cuiabá é a capital mais homofóbica do Brasil, com 17,6 homicídios para quase 570 mil habitantes, seguida de João Pessoa, com 14,3 mortes para 770 mil. Palmas ocupa o terceiro lugar, com 11,6 assassinatos para 257 mil habitantes, enquanto São Paulo  teve 5 mortes de LGBT, o que representa 0,42 para 12 milhões de moradores.

Os gays lideram os “homocídios”: 186 (59%), seguidos de 108 travestis (35%), 14 lésbicas (4%), 2 bissexuais (1%) e 2 heterossexuais. Nessa lista foram incluídos 10 suicidas gays que tiveram como motivo de seu desespero não suportar a pressão homofóbica, como aconteceu com um gay de 16 anos, de São Luís, que se enforcou dentro do apartamento “por que seus pais não aceitavam sua condição homossexual”.

O Brasil confirma sua posição de primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homo-transfóbicos, concentrando 4/5 de todas execuções do planeta. Nos Estados Unidos, com 100 milhões a mais de habitantes que nosso país, foram registrados 16 assassinatos de transexuais em 2013, enquanto no Brasil, foram executadas 108 “trans”. O risco, portanto, de uma travesti ser assassinada no Brasil é 1280 vezes maior do que nos EUA.

O GGB, que há mais três décadas coleta informações sobre homofobia no Brasil, denuncia a irresponsabilidade dos governos federal e estadual em garantir a segurança da comunidade LGBT: a cada 28 horas um homossexual brasileiro foi barbaramente assassinado em 2013, vítima da homofobia. E 2014 começa ainda mais sanguinário: só neste último Janeiro foram documentados 42 homicídios, um a cada 18 horas

Segundo o coordenador da pesquisa, Luiz Mott, antropólogo da Universidade Federal da Bahia, “a subnotificação destes crimes é notória, indicando que tais números representam apenas a ponta de um iceberg de violência e sangue, já que nosso banco de dados é construído a partir de notícias de jornal, internet e informações enviadas pelas ONGs LGBT”.

Perfil das vítimas

Quanto à idade, 7% dos LGBT tinham menos de 18 anos ao serem assassinados, sendo o mais jovem uma travesti de 13 anos, da zona rural de Macaíbas (RN). Foram registrados também 10 casos de suicídio de LGBT em 2013. 31% das vítimas tinham menos de 30 anos e 10% mais de 50. A faixa etária que apresenta maior risco de assassinato (55%) situa-se entre 20-40 anos.
A pesquisa completa pode ser conferida no homofobiamata.wordpress.com.

Rússia veta adoção a cidadãos de países que admitem união gay, inclusive o Brasil




A Rússia impôs restrições às adoções de crianças russas por cidadãos de países onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legalizado, segundo uma nota publicada nesta quinta-feira na página oficial do governo. 
A lei, assinada pelo primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, estabelece que "pessoas do mesmo sexo casadas conforme a legislação dos países que permitem esse tipo de união, assim como aqueles que forem solteiros", não poderão adotar crianças russas. 
A medida, de acordo com nota explicativa do governo, tem como objetivo implementar as modificações das normas de adoções referendadas na lei aprovada em junho do ano passado pelo Parlamento da Rússia e que incluiu este preceito no Código de Família. 
"O cumprimento desta disposição ajudará a aperfeiçoar o procedimento de entrega de crianças a famílias de cidadãos da Federação Russa e estrangeiros, assim como a garantir a defesa dos direitos e interesses destas crianças", acrescentou a nota governamental. 
A nova legislação russa afeta 15 países: Brasil, Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal, Islândia, Argentina, Dinamarca, Uruguai, Nova Zelândia e França. 
Para facilitar o trâmite de adoção, o governo eliminou o requisito que obrigava a apresentação de uma certidão técnico-sanitária da residência dos futuros pais adotivos. 
Além disso, foi reduzido de 15 a 10 dias o prazo para os órgãos de tutela de menores determinarem se os solicitantes estão aptos para adotar. 
De acordo com dados oficiais, no dia 1º de janeiro deste ano havia no país 106.646 órfãos ou crianças sem a tutela dos pais contra os 140.355 registrados em 2009, o que representa uma diminuição de 36%.

ÁFRICA- Lei Homofobia
Nova lei prevê prisão perpétua a homossexuais na Uganda, após conclusão cinetífica


O presidente da Uganda, Yoweri Museveni, diz que lei poderá proteger mais vulneráveis


O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, assinará a lei que prevê prisão perpétua para quem realizar determinados atos sexuais com pessoas do mesmo sexo, depois que cientistas ugandenses tiverem determinado que a homossexualidade "não é genética", mas uma conduta social "anormal".

Museveni decidiu sancionar a Lei Homofobia, aprovada pelo Parlamento ugandense em dezembro passado, após conhecer o relatório de um painel de especialistas que elucida "se pode-se ou não nascer homossexual", informa hoje o jornal local New Vision. "Definitivamente, não há uma responsabilidade genética para a homossexualidade", concluíram 14 cientistas convocados pelo Ministério da Saúde ugandense para assessorar Museveni sobre a relação entre a genética e a homossexualidade.

O relatório, encomendado após várias críticas recebidas pela comunidade internacional e organizações defensoras dos Direitos Humanos, sustenta que "a homossexualidade não é uma doença, simplesmente um comportamento anormal que é aprendido através das experiências da vida. Há um pequeno número de pessoas com tendências homossexuais em cada sociedade", diz o texto.

Manifestante usa peruca e óculos coloridos em protesto no Quênia contra as medidas homofóbicas de Uganda no dia 10 de fevereiro.


Manifestante usa peruca e óculos coloridos em protesto no Quênia contra as medidas homofóbicas de Uganda no dia 10 de fevereiro.


Os especialistas escolhidos pelo governo ugandense analisam que a homossexualidade pode ser influenciada por fatores ambientais como a cultura, a religião e a pressão social. "Essa prática precisa ser regulada e legislada como qualquer outro comportamento humano, sobretudo para proteger os mais vulneráveis", defendem.

Um dos conselheiros médicos, Richard Tushemereirwe, adverte no documento que a orientação homossexual "tem graves consequências sobre a saúde e, portanto, não deve ser tolerada".

Os cientistas opinam, além disso, que não há necessidade de coordenar estudos concretos sobre homossexualidade no contexto africano.

Museveni confirmou ontem aos deputados, que apoiaram majoritariamente a nova legislação, que assinará a "Lei Homofobia", informou o porta-voz do governo, Ofwono Opondo, através de sua conta no Twitter.

A homossexualidade já era tipificada em Uganda como crime, mas a nova lei endurecerá as penas previstas para a comunidade gay.

Atualmente, muitos países africanos consideram ilegal a homossexualidade, e as autoridades, como nos casos de Uganda e do Zimbábue, já fizeram declarações bastante agressivas contra esses grupos.

Gays e lésbicas do Quênia fizeram manifestação em solidariedade aos homossexuais de Uganda que sofrem repressão do Governo

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