Gays no anime
Mas será que eles são? Em alguns casos... Ora, se são!
Que os animes são os desenhos animados feitos no Japão... Todos já sabem!
Que estas animações tem um grande número de fãs... Sim, é fato.
Porém... Já perceberam que em determinados animes sempre existe um personagem “suspeito” ou deveras “estranho”? Passando por Shun em Cavaleiros do Zodíaco, General Blue em Dragon Ball, Leiga em Shurato ou Zyocite em Sailor Moon, a lista é vasta!
Mas será que a maioria é realmente gay? Ou tudo não passa de intriga da oposição? A pedido do Dino vou analisa este fenômeno e coloca os pingos nos is (sem meias palavras)!...
Em 1973, o estúdio Tatsonoko produzia “Gatchaman” - um anime de ficção científica na qual um grupo de ninjas dotados de trajes hi-tech, combatiam as ambições de Galactor: Um conquistador galáctico megalomaníaco, que chamava muito a atenção não pelos seus planos, mas... Pelo seu visual com direito a batom na boca! Qual não foi a surpresa junto ao público que acompanhava a série, quando no decorrer das aventuras foi revelado que Galactor (cujo nome real era Kratz Berg), era homem e mulher ao mesmo tempo? Na realidade, ele tinha o cérebro tanto de um homem quanto de uma mulher ao mesmo tempo (e no mesmo corpo, o que dava a ele o dobro da inteligência de um ser humano normal). Pronto! Com uma idéia fantástica e inovadora dessas, era fato que personagens “ambíguos” como Galactor, seriam figurinhas fáceis em algumas produções que viriam a seguir.
E foi o que aconteceu: Ainda em 1973, “Cutie Honey” (baseada na obra do quadrinista Go Nagai), ganha a sua versão animada pelo estúdio Toei Animation. E nesta animação, a heroína (que dá nome a série), acaba enfrentando num determinado episódio, uma vilã... Lésbica(!). Será que a Hanna-Barbera teria uma ousadia deste tamanho na época? Duvido muito...
Chegam os anos 80 e 90. Além da Televisão e do cinema, o videocassete surge como um outro canal para a animação japonesa, com a produção de obras especialmente produzidas para esta mídia (os OVAs – Original Video Animation), cuja “liberdade” de criação e produção era um tanto quanto ‘maior’, se comparadas às séries para a TV. Foi através de um OVA que conheci um anime interessante do final dos anos 90: “Mahou Tsukai Tai!”. E me chamou MUITO a atenção, a presença nesta série de um determinado personagem: Ayanojou Aburatsubo.
De feições delicadas e longos cabelos, ele cantava mesmo o seu colega de classe Takeo, com direito a cenas que muitos personagens enrustidos de novelas das nove, jamais teriam a devida coragem em fazer (^_^)!... Isso para não citar Griffith (personagem do anime “Berserk”), que se ‘insinuava’ para o guerreiro Gatts. Só que a ‘insinuação’ não era um mero jogo de cena: Griffith era um homem que chegou a dar o seu corpo para um homem muito mais velho, apenas para poder ter recursos em armar os seus guerreiros para o combate. Era a máxima de Maquiavel (“O fim justifica os meios”) levada ao extremo...
Mas a TV não ficou de fora: Como a indústria de quadrinhos era um caldeirão de novidades, novos mangás ganhavam as suas versões em animação (e com eles, os personagens “suspeitos”): Em 1986, General Blue em “Dragon Ball” (um militar gay que chegou a cantar um indiozinho numa cena que me fez chorar litros quando de sua exibição no SBT em 1996) além de Shun de Andrômeda em “Cavaleiros do Zodíaco”, deram o ar de sua graça (Nota: Apesar de usar uma armadura rosa, ele não era assumidamente gay – apesar das muitas cenas protagonizadas por ele serem para lá de suspeitas – a cena do “aquecimento” do Hyoga que o diga!). Aliás, “Cavaleiros do Zodíaco” foi um anime que marcou muita gente pelos seus personagens para lá de “diferenciados”: Misty de Lagarto e Afrodite de Peixes (só para citar)! Se eles tinham “namorados”, eu não sei. Mas que eles eram narcisistas (e não tinham absolutamente nada a ver com o “jeitão hétero” dos demais personagens)...
Era fato. A título de nota: “Cavaleiros afrescalhados” não era uma exclusividade apenas do Santuário da Grécia: O Reino Celestial do seriado “Shurato” também tinha o seu representante-mor: Leiga, o Rei Karla (cujo visual fashion era des-lum-bran-te! ^_^). Mas apesar do visual, Leiga não era um gay assumido (assim como Shuichi Minamino, o Kurama Youko de “Yu Yu Hakusho”). Eles tinham feições delicadas, lutavam bravamente, mas... Não namoravam outros carinhas. O que era bem diferente de um Itsuke (o demônio que amava Shinobu Sensui em “Yu Yu Hakusho”) e Zyocite e Malashite em “Sailor Moon” (Uma curiosidade é que a versão brasileira de Sailor Moon, apresentava Zyocite não como homem e sim... Como uma mulher! Seria o medo de chocar o público conservador? Lembrando que a nossa versão foi baseada na versão em castelhano feita no México (o que deduz que o conservadorismo partiu de lá). E Sailor Moon parecia um novo CDZ, com mais personagens esquisitos vindos de lá: As Sailors Uranus e Neptune (que não escondiam de ninguém o seu caso, assumindo publicamente o seu romance) ou o Amazon Trio (três acrobatas com roupas para lá de esquisitas e postura idem)!...
E olha que nem mencionei o triangulo amoroso Aguia/Geo/Lantis de “Guerreiras Mágicas de Rayearth” (de autoria do grupo Clamp). Sim, ficava muito evidente que três personagens masculinos tinham um... “Clima” pairando no ar. E a coisa deve ter sido boa, pois tempos depois, o Clamp cria um novo triangulo amoroso masculino: Era a vez de Touya/Yukito/Shaoran em “Sakura Card Captors” (anime cuja protagonista, era assediada pela sua melhor amiga, a meiga Tomoyo). Ou vai dizer que a frase “Sakura, eu gosto de você, mas é de um outro jeito” não tinha uma outra conotação?...
E quase me esqueci de citar a travesti Hanzo Kamatari em “Samurai X” (era a primeira vez que uma pessoa curtia um peru queimado – no caso, o peru de Shishio Makoto) ou os personagens gays/lésbicos de “Shoujo Kakumei Uthena” (aliás, como não falar de um anime, cuja protagonista é cortejada por outra... Garota?)... E olha que quase que não citei alguns personagens mais recentes: A turma de “Free!” (um anime com belos rapazes nadadores), Shuichi Shindo e Yuki Eiri em “Gravitation” (que mostra o romance de um frio escritor com um imaturo cantor), a servidão de Sebastian Michaelis em “Kurosushutsuji” (sim, Sebastian e Ciel foi uma dupla que deu muito o que falar!), além do amor que o personagem Haku nutria pelo ninja Zabuza Momochi em Naruto (também, com este nome!) ou... As insinuações de Orochimaru para cima de Sasuke Uchiha em Naruto Shippuden. Alista, é vasta!...
-Para terminar...
A resposta que fica no ar: Estes personagens são todos gays? No sentido fisiológico (sexo com outro homem), a resposta para alguns é sim. Já para outros, não. O que temos é um amor platônico, que fica subentendido no contexto da obra (mas cujos fãs observarão nas entrelinhas, o conflito entre a razão e a emoção).
No mais, é mais o caso de você abrir a sua mente para novas possibilidades (e descartar o seu preconceito), já que gay também é gente: Gaúcho (e personagens de anime) também podem (eu disse PODEM) e não tem o que disfarçar.
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