terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mundo gay

Dilma entrega prêmio de Direitos Humanos e fala quase nada sobre os direitos LGBT




Ao entregar o Prêmio Nacional de Direitos Humanos e assinar o decreto que regulamenta o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, na última quinta-feira, 12 de dezembro, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff falou pouco sobre os direitos LGBT. Em uma frase com cerca de 10 segundos ela diz: “o nosso compromisso com o enfrentamento da violência que atinge a população LGBT é firme e inquestionável”.

Esta fala tímida, e extremamente diplomática, em meio ao discurso é proclamada em um momento em que a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara é presidida pelo deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que como toda a frente evangélica, é contra os direitos LGBT. O PT, partido que comanda o Governo Federal, é acusado pela militância LGBT de usar esta comissão como estratégia de poder para as eleições de 2014, o que colocou os direitos dos homossexuais como moeda de troca e não como prioridade social.

Dilma declara que seu governo é a favor do fim da violência contra pessoas LGBT em um evento onde a diversidade sexual é vista como algo bom. Questione-se, querido leitor, se não fosse este o momento. A presidente teria se manifestado, mesmo que timidamente, a favor dos direitos LGBT? Você se lembra de ela ter feito isso até agora, em três anos de mandato?

Entre os homenageados na premiação está a cantora Daniela Mercury, na categoria Cultura e Direitos Humanos, ela não pôde comparecer ao evento e receberá a estatueta em outra oportunidade. Daniela é embaixadora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Ela ganhou espaço na mídia internacional ao declarar seu noivado com sua esposa, Malu Verçosa.

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